quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tese de Doutorado Sobre Ações Afirmativas e Inclusão de Negros por "Cotas Raciais" nos Serviços Públicos do Paraná.

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 Tese de Doutorado Sobre Ações Afirmativas e Inclusão de Negros por "Cotas Raciais" nos Serviços Públicos do Paraná. 
Marcilene Garcia de Souza


Esta é uma pequena contribuição para "nosso povo". 


Este tudo
Que vê
É somente
Um pouco de mim

Este pouco
É um ângulo esquerdo
 Discreto pequeno
Que me completo
 Com outras
Partes do todo
Que de vez em quando
Me convenço
Ser eu mesma
Querendo chegar
Em algum lugar
Querendo experimentar
 Outra sensação
Querendo chorar de alegria
Por coisas
 Que ainda
Não
Me arrancaram
Estes sentimentos
Pensar o ainda impensável

Ensolação
 De
 Luares

                                                                                                            Lena Garcia

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ministra da Igualdade Racial aprova entrega de livros para a Educação

Ministra3P

Luiza Bairros destacou a importância dos livros didáticos sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena entregues às escolas municipais

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros, esteve ontem (28) na cidade e aprovou a iniciativa da Prefeitura Municipal de Londrina que entregou 13.500 livros didáticos sobre “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” para toda a rede municipal de educação. A ministra visitou Londrina atendendo a um pedido feito pelo prefeito Barbosa Neto quando esteve no Ministério de Igualdade Racial, em Brasília, em março deste ano.
“Disponibilizar material didático sobre a história e a cultura afro-brasileira e indígena é da maior importância, porque oferece aos professores e professoras do município a possibilidade de ter um material didático, a partir do qual vamos poder engajar todas as crianças nessa discussão tão importante sobre a diversidade e sobre a igualdade que existe entre todos os seres humanos, apesar das diferenças de aparência”, enfatizou a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros.
Para a ministra é necessário a discussão sobre a educação. “É sempre importante discutir questões relacionadas à educação, garantir uma educação anti-racista para nossas crianças.” Ela ainda agradeceu Londrina pela recepção e disse esperar que a entrega dos livros seja mais um passo importante para criar uma sociedade de igualdade.
Ministra2PA entrega dos livros é uma medida da administração do prefeito Barbosa Neto para efetivar a Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.

A ministra da SEPPIR, Luiza Bairros visitou Londrina para lançar na cidade o Ano Internacional dos Afrodescendentes, instituído em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU), além de divulgar a campanha nacional “Igualdade Racial é Pra Valer”.
Segundo a gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Londrina e coordenadora de Promoção da Igualdade Racial da região Sul, Maria de  Fátima Beraldo, a visita da ministra a Londrina foi relevante. “Sua visita fortaleceu a campanha nacional e criou um estreitamento nas relações com a educação, reforçando a importância da capacitação docente”, destacou.
Maria de Fátima também afirmou que as comemorações do Ano Internacional do Afrodescendente transcorrerão durante todo o ano. “Nosso próximo passo é a realização de um evento no dia 25 de julho, quando é comemorado o dia da Mulher Negra Afro-latino-americana e Caribenha”, adiantou.
Londrina é uma das poucas cidades do sul do país a comemorar o 20 de novembro como feriado da Consciência Negra.
Fotos:Luiz Jacobs.

Censo 2010: população do Brasil deixa de ser predominantemente branca


É isso, saber quem é, SER assumir a sua identidade e não SUMIR.  Axé!
dami
PRETOS, PARDOS, ÍNDIOS E AMARELOS

Censo 2010: população do Brasil deixa de ser predominantemente branca

Publicada em 29/04/2011 às 23h29m
Alessandra Duarte
RIO - Pela primeira vez na História do Censo, a população do Brasil deixa de ser predominantemente branca. Pelos dados de 2010, as pessoas que se declararam brancas são 47,73% da população, enquanto em 2000 eram 53,74%. Nos outros Censos, até agora, os brancos sempre tinham sido mais que 50%.
Em 2010, do total de 190.749.191 brasileiros, 91.051.646 se declararam brancos - o que faz com que, apesar de continuar sendo o grupo com maior número de pessoas em termos absolutos, a população branca tenha percentual menor do que a soma de pretos, pardos, amarelos e indígenas.
O Censo confirma o que já vinha sendo indicado nas PNADs
A população negra aumentou em quatro milhões, indo de 10.554.336 em 2000 para14.517.961. Já a parda aumentou em 16,9 milhões: foi de 65.318.092 para82.277.333. A parcela de indígenas cresceu de 734.127 para 817.963, e a amarela, de 761.583 para 2.084.288. A população branca foi, assim, a única que diminuiu. Paula Miranda-Ribeiro, professora de demografia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, sublinha essa mudança cultural.
- O Brasil está mais preto, algo mais próximo da realidade - diz Paula, para quem a principal razão é a maior identificação de pretos e pardos com sua cor. - É a chamada desejabilidade social. Historicamente, pretos e pardos eram desvalorizados socialmente, o que fazia com que pretos desejassem ser pardos, e pardos, brancos. Agora, pretos e pardos quiseram se identificar assim. Isso pode ter a ver, ainda, com a afirmação dessa população como forte consumidor atualmente, que se refletiu em afirmação de identidade. Outra razão desse aumento de pretos e pardos é também o maior número de casamentos interraciais.
- O Censo confirma o que já vinha sendo indicado nas PNADs. Entre 1995 e 2008, houve queda de seis pontos percentuais do número de pessoas brancas - diz Marcelo Paixão, coordenador do Laboratório de Análises das Relações Raciais da UFRJ. - É fruto de um processo de valorização étnica, que vem de visibilidade maior tanto de atores e personalidades negros quanto de temas como cotas. Como o aumento de pretos e pardos foi também nas faixas etárias intermediárias, não só dos que nascem, por exemplo, podemos ver, sim, mudança comportamental.
Moradora de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, a vendedora Gisela Zerlotine fez questão de se declarar parda no Censo de 2010:
- Apesar de não ter pele tão escura, eu me sinto mais próxima de pardos e negros, minha família tem muitos negros - diz Gisela, casada há sete anos com Luiz Carlos de Oliveira, negro. - A gente tem dois filhos. Um é meu de uma relação anterior, Pedro, de 8 anos, branco mesmo, o pai era bem branco. E a outra é a Milena, de 2, filha minha com o Luiz Carlos. Ela já é caramelo. É bem misturada.